sexta-feira, 24 de julho de 2009



"Vejo muitas pessoas que não estão dando certo...Vejo muitas pessoas se desprenderem de suas verdadeiras essências...Vejo muitas pessoas cultivando verdadeiros e grandiosos jardins de infelicidades. Pessoas que morrem sem chegarem à terra prometida. Não gostaria que fosse assim.Fiquei sabendo que na China há um rio chamado Rio Amarelo que morre antes de chegar ao mar...Fiquei pensando que há pessoas que insistem em fazer o mesmo. Não permita que sua história seja semelhante à desse rio...Lute para chegar, lute para alcançar...Já dizia o poeta catarinense, Lindolfo Bel: "Menor que meu sonho não posso ser!".Assim seja...Assim façamos".
Pe. Fábio de Melo

terça-feira, 21 de julho de 2009



Eu não sei se a vida é que vai rápida demais ou se sou eu que estou mais lento. O que sei é que ando me atropelando nos próprios passos. Eu resolvi desacelerar. Eu vou no rítmo que posso. Não é fácil. É sabedoria que requer aprendizado! Eu quero aprender.O descompasso é a causa de todo cansaço. O corpo é rápido, mas o coração não. O corpo anda no compasso da agenda. O coração anda é no compasso do amor miúdo. O corpo sobrevive de andares largos. O coração sobrevive de pequenos passos e de demoras. Eu já fui e voltei a inúmeros lugares e o coração nem saiu do lugar.O mistério é saber reconciliar as partes. Conciliar um ritmo que seja bom para os dois. Eu quero aprender. Não quero o martírio antes da hora. Quero é o direito de saborear o tempo como se fosse um menino que perdeu a pressa. (...).Chega de vida complicada. Eu preciso é de simplicidade!

Pe Fábio De Melo
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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Irremediavelmente

deviantart.com
Tinha verdadeira paixão por janelas. Era um mundo de possibilidades e lembranças. Rabiscava com os dedos, metáforas de uma vida sonhada. E em dias assim, dobrava os cotovelos e lambuzava-se de memórias. Percebia que a razão vacilava. Não se importava, pois os descaminhos se tornavam ternuras. A memória flamejava nos olhos e ria um riso que despetalava o infinito que nela morava. Tentava em vão encontrar a paz. Estava irremediavelmente presa. E por isso, fazia suas preces.
Débora
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Aninha e suas pedras

Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinhaum poema.
E viverás no coração dos jovense na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginase não entraves seu usoaos que têm sede.

Cora Coralina (Outubro, 1981)


CARTA DE DRUMMOND A CORA CORALINARio de Janeiro, 7 de outubro de 1983.Minha querida amiga Cora Coralina: Seu "VINTÉM DE COBRE" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não nos pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia ( ...). Não lhe escrevi antes, agradecendo a dádiva, porque andei malacafento e me submeti a uma cirurgia. Mas agora, já recuperado, estou em condições de dizer, com alegria justa: Obrigado , minha amiga! Obrigado, também, pelas lindas, tocantes palavras que escreveu para mim e que guardarei na memória do coração.O beijo e o carinho do seuDrummond.

Extarído de Textos e Contextos

Simplicidade

"Que ninguém se engane,
só se consegue a simplicidade através de muito trabalho".
(Clarice Lispector)