sexta-feira, 17 de julho de 2009

Irremediavelmente

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Tinha verdadeira paixão por janelas. Era um mundo de possibilidades e lembranças. Rabiscava com os dedos, metáforas de uma vida sonhada. E em dias assim, dobrava os cotovelos e lambuzava-se de memórias. Percebia que a razão vacilava. Não se importava, pois os descaminhos se tornavam ternuras. A memória flamejava nos olhos e ria um riso que despetalava o infinito que nela morava. Tentava em vão encontrar a paz. Estava irremediavelmente presa. E por isso, fazia suas preces.
Débora
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